“Lançai-vos
humanos a Verdade, deixai de lado o fracasso que envergonha vossa santidade,
olhem para o kosmos, olhem para si
mesmos, olhem para o espelho que vos reflete como sóis... Abandonem as sombras
da falsa realidade, deixai a mudez de lado e reclamem o verbo do qual fazem
parte, o verbo que corre em vossa carne.
Amem o Todo, o
alto extremo inalcançável do qual todos buscamos, amem a felicidade humanos,
pois não precisam de nada além disso, pois só são isso e isso é Tudo.
Treinem
a verdadeira profissão, sejam artesãos, modeladores da natureza, modelem,
desfazer e fazer, solve e coagula, transformem, mudem, o segredo é eudaemonia, esta é a chave que abre
qualquer portal, essa é a chave para o Um.
Tudo é Um, o Um é Tudo, vós sois Um, vós que
vislumbrastes tudo pela esfera demiurgica.
Libertem-se homúnculos, transformem vossas almas,
tornem-se puros, a pureza lhes é “de-vida” , tornem-se Um.
Vejam o
próximo, como veem a si mesmos, pois são um e o mesmo, só a unidade é possível.
Todo mal que
fizerdes a outro farão a si, todo ato piedoso para teu próximo é um ato piedoso
para si, pois tu és o próximo da reação.
Para realizar o
verdadeiro ato o artesão deverá tomar
para si o circulo perfeito, só o verdadeiro artesão saberá encontra-lo, o
circulo cujo centro é o Todo e as bordas não se encontram.
O verdadeiro ato é a transmutação, a arte dos homens
dourados, OH homens dourados quão belos sois, como o sol de primavera que
permite o florescer dos campos.
Curem o inverno
meus irmãos e façam florescer as colinas, nisso consiste o verdadeiro homem, o
homem magno, contemplem o espírito e lhe será revelado à arte de transformar.
Abram os portões
que muitos não ousam passar, sejam o contra peso na balança, bebam do elixir rubro
de nosso espírito.
A luz que lhes
gerou o espírito repousa na Verdade, a luz que tudo gera lhes banha o
intelecto, mergulhem na mônada e
ignorem as sombras.
É nosso dever
transformar o mundo, nós somos o mundo, nos somos Um.
Nós somos a
imensa yggdrasil, nós somos o
universo, somos maior no Todo que na parte.
Não há mal que
possa machucar os artesãos, o único mal no qual se acredita é mera sombra, e
das sombras fazemos luz.
Artesãos
transformam um irmão em outro, o esquerdo no direito, o mole em duro, liso em áspero.
Levantem a mão e
sintam as pontes universais as quais estamos todos conectados.
A verdadeira
riqueza não pode ser encontrada fora, tolos são os que procuram, porque não há
fora.
Oh pimandro, lançou tua luz que tudo
transforma sobre minha alma, Oh artesão original, agora me passaste o ofício
que ainda não pude me tornar mestre, apenas um discípulo.
Pois agora
vejo, eu sigo a ordem, eu sou a ordem, nada mais há fora da ordem, nada há
fora, não há fora.
Pois essa é a
chave para A Pedra, pois ela está dentro.”