quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ragnarok






Lá vem o ancião, com suas historias de homens e mulheres, mas nada que diga muda a realidade

Fatos passados estão passados
As virgens perdem seu sangue
As estrelas se entristecem
O que há neste mundo?
O cair da humanidade...

Mentiras e choros enjaulados
É incrível nossa responsabilidade nisso
Sem um raio para jogar
Calados,desorganizados
Deuses caídos em um mar morto, sem poder a própria vida libertar

Chamem os heróis a terra corre perigo
Por que amanhã será tarde demais
Espadas e armaduras a luzir
Homens erguendo-se
Concentrados e sacrados em despir

Não, não parem, lutem e urrem
Essa noite é pra valer
Eu acredito que haverá sol novamente
Lutem pelo amanhã
Brindaremos todos com carne e cerveja, banhados em sangue e sol nascente.

A maré está alta e quando abaixar, haverá peixes para todos
Então vamos lá, todos em uma marcha única
Guerreiros velozes não mais tolos

Castrar esta sociedade fúrnica
Pois se for para amanhã, será tarde demais
Não sejamos como os ‘outros’, por que amanhã
Será tarde demais.

Eu ouço os sons de andares e o tilintar da minha taça de vinho branco
Com varias profecias gritadas as estrelas
Passo a noite Sentado em um banco

Mas não se pode fazer nada a não ser sangrar
O espaço nos aguarda, mas não haverá tempo de alcança-lo
Gire a própria cabeça, gire a própria cabeça
mesmo em outrora ou agora sem mais madrugar ou tardar

pois ao longe se vê, demônios passeando mundo a fora
Fugindo da luz criando uma falsa luz para seguir
Gire sua cabeça para traz e veja novos ângulos
Pois eu sei que o mundo não é só aquilo que é dito, por isso girem as cabeças
Falsas palavras e falsos profetas, mortes incertas, mas perigos reais...
Girem todos a própria cabeça
Pois somos imortais

Acabem com essa mentira
Girem para não morrer
A bela à besta aspira
Viúva-negra aracna despida em sua historia tecer...

O novo nos espera, o novo mundo de cabeças viradas
Pois está aqui
O novo mundo às avessas
Mas com outro ângulo, giraremos as cabeças e veremos o novo
O novo mundo virado, o novo mundo de novas cabeças.

Lupino




Ouço o bater dos tambores, o crepitar do fogo selvagem
A dança ancestral em torno da fogueira, lembrando o passado
Comem antílopes distraídos
Teia e cadeia em fios cortados

O chocalho rítmico da serpente me deixa em transe
Posso ver os lobos caçando a gazela pela imensidão pálida
Em cordeiro passa o lupos farsante
Cantos dos faunos contando sátiras

No chão o fogo se expande
Curvam-se a minha majestade
Pulando obstáculos, provando o sangue...
Uivar dos ventos, trovão lupino
Vem com clarear a tempestade

Este sou eu, um caçador
mundo de lobos e serpentes
Viver sorvendo o suco da dor
Choros e gritos de amantes carentes

Onde é só caçar e comer
Animais selvagens impunes
Maçando toda a humanidade
Sem medição nem volumes

Mas eu posso mudar tudo
Pisotear a cabeça da serpente
a um novo mundo de crescimento e heróis
Tudo pode ser diferente

Revirando suas costelas e pensamento
Criança egoísta querendo atenção
Fantasma que geme um surdo tormento
Eclipse de sangue e perdição

Mas precisamos parar de chorar esta noite
E nossa voz tornar-se real
Peguem as lanças, caçaremos lobos hoje
Matando este predador de fluído carnal

Com lua ou sol tudo se vai
Mas isso mudará agora
Pois mesmo no amanhecer da lua que cai
Nova era rugirá sem demora

Eleva o sol ao lago fervido
Sucumbi ao caminho do altruísmo perdido
Seguindo estrada infinita
Sem inicio, parada ou sentido

levitar



É difícil aceitar esse corpo, como se você não fosse assim
Deveria ser mais leve
Viajaria pelo som e surfaria nas nuvens
Sem limites entre Brasil e Pequim
Seu coração galoparia aos limites do prazer
Um prazer sem culpa, isento de pecados
Mas você só pode gritar e não ser ouvido
Mas ouça os sons das harpas, se eles conseguiram, por que você não?
Ouço som de harpas e asas batendo, eu quero estar lá
Não nesse mundo pútrido de corações partidos e gritos inaudíveis.