segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Senhor dos Sonhos

Abaixo a prole visível mundana
Acordado entre as bromélias nuas
Onde a forma se eterniza
Veleja o senhor dos sonhos as águas que turvam
Com o passar da vida em seu remo um futuro agora

Sêmea, nutre, colhe
Da matéria que os sonhos brotam
O universo que os sentidos clareiam
No fluir constante para o vazio que completa

De sua Sabedoria - escudo infindável
Nesta noite constante afaste todo o mal
Que as quimeras proferirem
E de sua bússola pulsante encontre o caminho rio
E força necessária para o peso das grandes sementes

Por: Marcus Artur de Carvalho
Para: Vinicius Pimentel Ferreira

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O tribalismo



Desde o inicio o homem tende a criar grupos de indivíduos que compartilham do mesmo gosto ou idéia, dessa forma adotam simbologias e vestimentas que são diferentes do uso comum.
A criação de tribos ocorre muitas vezes por jovens que não se adéquam as engrenagens que giram a sociedade na qual estão vivendo.
E a sociedade por sua vez, tende a rejeitar tais grupos colocando-os como tabu.
Mas até onde as criações de tais grupos afetam o pensar social? E o medo da sociedade sobre eles, é justificável ou apenas preconceito?
A aversão a diferentes pensamentos pelo cérebro primitivo não é novidade, mas a criação de tribos para novos olhares ajudaria a criar novos pensamentos ou apenas gera o medo o circo?

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Hoje é dia da luta contra a deficiência

Hoje é dia da luta contra a deficiência
Hoje no dia da luta contra a deficiência, percebemos que tal fenômeno não atinge só as pessoas, mas também a nossa cidade, proponho aqui a luta para poder dissolver as mazelas de nosso município, que apesar dos esforços visíveis para atender a necessidade do nosso tão misto povo, mostra-se ainda ineficaz...
Para mudar essa história não basta cobrar apenas da prefeitura que tem feito lentamente, MAS FEITO, os movimentos necessários para melhorar nossa sobrevivência, mas também lutar contra nossas próprias deficiências. Recebemos aqui hoje, deficientes visuais, mas os maiores deficientes que encontramos por aí são pessoas descompromissadas com seus vizinhos e principalmente consigo mesmas.
A verdadeira luta contra a deficiência é muito simples, é a não discriminação aos diferentes, o respeito a higiene que não ocorre em nossa cidade, é o respeito ao pedestre que tem tanto direito de ir a rua quanto os motoristas, o respeito ao trabalhador e principalmente ao trabalho, que em todas as suas manifestações são válidas...
Então eu apelo a você, deficiente, que lê essas linhas escritas por alguém jovem, também deficiente por sua imaturidade, mas que deseja melhorar.
Acordar é necessário, trabalhar é necessário, não me refiro apenas ao trabalho com salário fixo, mas o trabalho para a comunidade, desde atos simples como vizinhos varrendo a própria rua(já que os garis não o tem feito), não jogando lixo em terreno baldio(mesmo os caminhões de lixo não passando).
Todos temos direito a saúde e a felicidade, quando perdemos um desses dois itens, e quando os retiramos de alguém, acabamos enfermos, e putrificamos nossa própria habitação

domingo, 21 de agosto de 2011

Os dogmas observados 2


O religioso

Numa sociedade cuja herança religiosa pesa muito em sua educação, certos pensamentos podem tornar-se perigosos ao pensador, quando estes são trazidos a publico, em geral, quando se vive em um grupo cujos ideais religiosos são comuns e um único membro possua uma visão tabu, este por conseqüência tornar-se-á tão tabu quanto à visão defendida, podendo sofrer afastamento e recriminações preconceituosas. Mas até que ponto um credo pode ser benéfico? E quando ele se torna prejudicial e retardante? Por que se evita aprender mais sobre o que afastamos? Será mesmo a religião uma agente moral ou apenas uma corrente de tradições que criam tabus?

Os dogmas observados



A maconha

A maconha é uma erva a muito conhecida por nós brasileiros, e tema de certo tabu, geralmente, os usuários de tal planta acabam sendo sinônimos de vagabundos e perigosos, mas será esse um fato a ser realmente considerado? A maconha deve continuar proibida? E existem drogas legais tão letais quanto ou pior?
Que o consumo da maconha é prejudicial à saúde não é novidade a ninguém, mas vale ressaltar, que apesar da erva ter efeito psíquico (como quase todas as drogas liberadas), ela não é alucinógena. Mesmo apesar da árdua luta para livrar-se do produto, a erradicação do mesmo mostra-se impossível de ocorrer, o que obriga aos vendedores e consumidores a buscar formas alternativas de manterem a droga.
Podemos observar também que o álcool é talvez mais mortal que a maconha, e com um numero muito maior de consumidores, menos letal, mas com grande publico temos também o cigarro que é livremente comercializado.
Então perguntamos, o medo da maconha é tabu, ou ela é realmente o monstro que se pinta?

terça-feira, 26 de julho de 2011

Marcus Arthur de Sousa Carvalho



Oh, grande guerreiro, armado de flechas e arcos
Senhor de toda sapiência
Alado, anjo Marcus
Faz de toda gentileza uma ciência.

Oh, rei fabuloso
Grandioso rei Arthur
As lendas citam-no corajoso
A brandir scalibur.

Pois se tua arvore dá sombra
Escaldado não poderá cair
Pois, contra teu escudo de Carvalho ninguém poderá ser por contra
A ti não poderão ferir.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ragnarok






Lá vem o ancião, com suas historias de homens e mulheres, mas nada que diga muda a realidade

Fatos passados estão passados
As virgens perdem seu sangue
As estrelas se entristecem
O que há neste mundo?
O cair da humanidade...

Mentiras e choros enjaulados
É incrível nossa responsabilidade nisso
Sem um raio para jogar
Calados,desorganizados
Deuses caídos em um mar morto, sem poder a própria vida libertar

Chamem os heróis a terra corre perigo
Por que amanhã será tarde demais
Espadas e armaduras a luzir
Homens erguendo-se
Concentrados e sacrados em despir

Não, não parem, lutem e urrem
Essa noite é pra valer
Eu acredito que haverá sol novamente
Lutem pelo amanhã
Brindaremos todos com carne e cerveja, banhados em sangue e sol nascente.

A maré está alta e quando abaixar, haverá peixes para todos
Então vamos lá, todos em uma marcha única
Guerreiros velozes não mais tolos

Castrar esta sociedade fúrnica
Pois se for para amanhã, será tarde demais
Não sejamos como os ‘outros’, por que amanhã
Será tarde demais.

Eu ouço os sons de andares e o tilintar da minha taça de vinho branco
Com varias profecias gritadas as estrelas
Passo a noite Sentado em um banco

Mas não se pode fazer nada a não ser sangrar
O espaço nos aguarda, mas não haverá tempo de alcança-lo
Gire a própria cabeça, gire a própria cabeça
mesmo em outrora ou agora sem mais madrugar ou tardar

pois ao longe se vê, demônios passeando mundo a fora
Fugindo da luz criando uma falsa luz para seguir
Gire sua cabeça para traz e veja novos ângulos
Pois eu sei que o mundo não é só aquilo que é dito, por isso girem as cabeças
Falsas palavras e falsos profetas, mortes incertas, mas perigos reais...
Girem todos a própria cabeça
Pois somos imortais

Acabem com essa mentira
Girem para não morrer
A bela à besta aspira
Viúva-negra aracna despida em sua historia tecer...

O novo nos espera, o novo mundo de cabeças viradas
Pois está aqui
O novo mundo às avessas
Mas com outro ângulo, giraremos as cabeças e veremos o novo
O novo mundo virado, o novo mundo de novas cabeças.

Lupino




Ouço o bater dos tambores, o crepitar do fogo selvagem
A dança ancestral em torno da fogueira, lembrando o passado
Comem antílopes distraídos
Teia e cadeia em fios cortados

O chocalho rítmico da serpente me deixa em transe
Posso ver os lobos caçando a gazela pela imensidão pálida
Em cordeiro passa o lupos farsante
Cantos dos faunos contando sátiras

No chão o fogo se expande
Curvam-se a minha majestade
Pulando obstáculos, provando o sangue...
Uivar dos ventos, trovão lupino
Vem com clarear a tempestade

Este sou eu, um caçador
mundo de lobos e serpentes
Viver sorvendo o suco da dor
Choros e gritos de amantes carentes

Onde é só caçar e comer
Animais selvagens impunes
Maçando toda a humanidade
Sem medição nem volumes

Mas eu posso mudar tudo
Pisotear a cabeça da serpente
a um novo mundo de crescimento e heróis
Tudo pode ser diferente

Revirando suas costelas e pensamento
Criança egoísta querendo atenção
Fantasma que geme um surdo tormento
Eclipse de sangue e perdição

Mas precisamos parar de chorar esta noite
E nossa voz tornar-se real
Peguem as lanças, caçaremos lobos hoje
Matando este predador de fluído carnal

Com lua ou sol tudo se vai
Mas isso mudará agora
Pois mesmo no amanhecer da lua que cai
Nova era rugirá sem demora

Eleva o sol ao lago fervido
Sucumbi ao caminho do altruísmo perdido
Seguindo estrada infinita
Sem inicio, parada ou sentido

levitar



É difícil aceitar esse corpo, como se você não fosse assim
Deveria ser mais leve
Viajaria pelo som e surfaria nas nuvens
Sem limites entre Brasil e Pequim
Seu coração galoparia aos limites do prazer
Um prazer sem culpa, isento de pecados
Mas você só pode gritar e não ser ouvido
Mas ouça os sons das harpas, se eles conseguiram, por que você não?
Ouço som de harpas e asas batendo, eu quero estar lá
Não nesse mundo pútrido de corações partidos e gritos inaudíveis.