sábado, 10 de julho de 2010

o fim do tunel


A escuridão se esvai
iluminando minha cacarça de lobo
o sol banha minha pele, lavando-me de todo desespero
tirando meus parasitas
revigorando minha carne e limpando o meu sangue
posso ver a luz sem ficar cego
posso ser homem de novo
livre deste corpo de besta
vou andando e vou caindo
e a cada queda eu sorrio e me levanto
limpando minha alma
será que eu deveria viver novamente?
vou saindo das sombras do meu ego
vendo os anjos juntos em um canto celestial
ergo os braços pra receber a paz
agora posso dormir novamente
pois em meus sonhos só há vida
e belas desilusões
me jogo entre as folhas caídas
totalmente livre das roupas
totalmente livre do corpo
ouvindo meu coração bater
sabendo que
jamais irei perecer...

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